sábado, dezembro 01, 2007

Estudantezinho de merda

Minha irmã tomou um tapa na cara do capitão Nascimento. Só ontem que eu entendi bem como é que foi. Ela nunca mais olhou o mundo com os mesmos olhos. Nunca mais olhou os amigos-que-fumam-de-vez-em-quando da mesma maneira. E nunca mais vai ficar em paz quando estiver numa rodinha. Eu sei porque eu também apanhei dele. Tem uns anos, foi em outro lugar – mas doeu pra sempre. Fico pensando no poder que o cinema tem. Que a música tem. Que eu tenho. E, principalmente, que você tem.

6 comentários:

Felipe disse...

Esse filme é legal, mas morro de antipatia de quem começou a encampar o discurso de que maconheiro classe média é culpado por boa parte do problema do tráfico, sem se ater a outras questões como comprar produtos sem pagar impostos na feira dos importados, tirar carteirinha de estudante falsa, pedir para outro assinar o ponto só para ganhar mais, etc.

E também há o lance da hipocrisia do estado, que vende tequila, cachaça e outas cosias que fazem muito mais mal à saúde, levam as pessoas a fazerem coisas destrutivas muito mais nocivas a si mesmas e às outras do que a maconha.

Enfim, acho o filme divertido e interessante. Mas acho muito pedantismo e reducionismo passar a repetir o discursinho adotado pelo Matias de que os playboys maconheiros da zona sul é que financiam e criam o problema da guerra do tráfego e todo o caos social em volta dela. É muito pequeno reduzir o tema a isso.

Beijocassssssssssss

Carol Nogueira disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Carol Nogueira disse...

É muito pequeno, claro: o problema não é só esse. É muito interesse junto, de traficantes, empresas, produtores, governos, e se você for pensar nas indústrias bélicas que vendem bem à beça pra esses caras, aí é que a lista não acaba mais. Mas que essa parte aí é a única que está diretamente nas nossas mãos, ah, isso é verdade. E é uma verdade que incomoda.

Anônimo disse...

aaaah: o link do outro lugar não funciona (pense numa criatura ansiosa e curiosa!). a discussão eu prefiro esperar pra tê-la ao vivo! mana, nem acredito que é só contar até vinte e um e o meu maior sonho se transforma em realidade! chega logo! te amo. sá.

Carol Nogueira disse...

Brigada, Sá. Link do outro lugar devidamente consertado. Beijo.

popfabi disse...

cheguei em casa e joguei o último cigarrinho no vaso. foi um presente, mas não lamentei. dei descarga. continuo hipócrita pra outras coisas. mas essa me incomodava bastante já a algum tempo. e pra dizer a verdade, nem me faz falta!