Não quer dizer que eu não ande de bici por aí – eu ando. O que não quer dizer que seja sem medo – porque é com muito. Pensamentos trágicos passam pela minha cabeça quando cruzo um cruzamento. Mas eu cruzo. Outro dia, altas horas na balada, veio a tentação de tomar aquela uma a mais que significaria perder o metrô. Sucumbimos, combinando de aproveitar o finzinho da night voltando de velib. Desde sempre eu desconfiava que não ia dar certo. Tinham sido, sei lá, duas de meio litro e umas três pequenas. Se sóbria já é difícil mirar entre os meio-postes que impedem de estacionar na calçada, imagina. Eu subi na bici e lá fui. Nem quinhentos metros mais tarde veio o primeiro tombo – mas incrível, não um tombo qualquer, um tombo libertador, sabe? Aquele pensamento em câmera lenta, putz, eu estou indo em direção do poste, não vai dar pra desviar, eu vou bater, eu vou bater e daí?, bati, caí no chão. Sem medo, nem do mico nem da dor, sem tragédias, nada. Eu só caí. Foi revolucionante descobrir que do chão a gente não passa. Que machucar dói um pouco mas só. Até porque agora eu ganho beijinho de dodói do Pedro, que está com peninha de mim.
Há 5 anos
11 comentários:
hahahahaha
absolutamente sensacional!!!
pede pra ele te ensinar a andar de bike! hahahahaha
ah, já resolvi aquele lance do pagamento! Vou entrar com o pedido de visto amanhã, sexta-feira!
torceaê por mim!
beijos pra vc e pra família!
Maravilhoso o texto!!! Você faz mestrado, cuida de casa, de duas crianças e ainda arruma tempo pra pedalar bêbada na cidade?
Eu outro dia levantei essa questão aqui e ninguém deu bola: você pode ser preso se estiver pedalando em via pública sob efeito de álcool? Porque, tecnicamente, você causa tanto risco a outrém quanto se estivesse dirigindo.
Hahahhahaa... Passa methiolate, querida.
Beijo grande!!!
Carol,
aqui no Brasil já há algum tempo faz sucesso uma música que diz: "vamos embora pro bar, beber, cair, levantar..."
Eu tomei um estabaco fe-no-me-nal um dia desses. Do chão não passei, mas o sapato e os óculos estragraram, o celular arranhou todo, a vergonha subiu aos céus... Lá em Philly, eu levei o maior tombo ao tentar subir no ônibus - não medi o tamanho do degrau e lá se foi um naco da canela. Mas tamos aê! Que a próxima queda venha, a gente levanta, dá um riso amarelo na hora, depois ri do micão e, como vc, escreve um texto muito massa! Beijinhos!
Ass: Cibelle
Carol, sou amiga da Vivi e, como vc mandou o recado pra não sermos só anônimas, não resisti à vontade de comentar esse seu texto. Isso porque comprei uma bicicleta, mas morro de medo de pedalar por aí. Mas pedalo mesmo assim. E esses dias veio a estréia: caí. E vi que iria cair. Num pequeno barranco. Mas eu caí com tanta classe (se isso é possível) que eu nem acreditei. Na verdade, quando vi que não tinha escapatória, eu pulei da bicicleta. Pulei e saí "catando mamoma". A vantagem do tombo foi ver o Tomás, meu filho de 5 anos, andando o resto do passeio ao meu lado, só pra me proteger...
hahaha gostei da história. Alguma dica pra um jovem estudante que parte rumo à Paris e que, como você, sabe que vai perder o metrô várias vezes por culpa de uma ou duas Leffes a mais?
PS: Também sou ruim de bicicleta. Bem que poderia ter umas Vélibs com rodinhas, né?
ahahahahahaha só acho mala porque você vetou a nossa volta de velib naquele dia e duas semanas depois vai se divertir SEM MIM! quanta audácia! pra você ver que nem só de velibs são feitas as quedas, o beto só precisou de um poste de metrô! haha tô com saudade de vocês, das cervejinhas, dos vinhos com laptop e das muitas risadas! dos beijinhos do pepê (e do jujuco), então, nem se fala!
de novo, te amo muito, cá! (e se o fê reclamar é ciúme) hihi
eu tb me pelo de medo. pior q não é só de bicicleta. de carro tb. vou renovar minha carteira sem nunca ter dirigido direito, com convicção. putz...
das bicis de Paris, talvez eu arrisque, em outubro, qdo passar por aí.
":)
bjosssssss
A vida é feito andar de bicicleta: se parar você cai.
Vai em frente sem parar, que a parada é suicida, porque a vida é muito curta e a estrada é comprida.
Você sobe e você desce na escada da vida e às vezes parece que a batalha tá perdida e que você voltou pro ponto de partida.
Vai à luta, levanta, revida!
Vai em frente, não se rende, não se prende nesse medo de errar, que é errando que se aprende que o caminho até parece complicado e às vezes tão difícil que você se surpreende quando sente de repente que era tudo muito simples - vai em frente que você entende.
Boa sorte, firme e forte, vai com a força da mente.
Vai sabendo que não há nenhum peso que você não agüente.
Vai na marra, vai na garra, vai em frente.
E se agarra no seu sonho com unhas e dentes.
Pra saber o que é possível é preciso que se tente conseguir o impossível, então tente!
Sempre alimente a esperança de vencer.
Só duvide de quem duvida de você.
Sem parar, sem parar, se parar você cai!
Demorou, demorou! Pedala aí!
Então não pára o movimento, vai em frente, vai!
Sem parar, sem parar, se parar você cai!
Demorou, demorou! Pedala aí!
Não repara no mau tempo que o sol já sai.
Vai em frente, sem parar que se parar você cai!
Vai em frente, enfrente, enfrenta, vai!
Vai agora, não chora.
Letra da musica do ( Gabriel o Pensador - Sem Parar )
Osvaldo
mpbjazz.blogspot.com
amiga,
eu dava tudo pra te ver nesse estado... hahahahahahaha.
ah, o milk shake tá de casa nova. sucumbi ao google e terminei vindo pra cá. tá beeem melhor.
www.mayramilkshake.blogspot.com
passa lá depois. e se quiser, linka, que agora eu prometo que vou voltar a escrever.
beijão
hahahahahaha!! tá vendo. devia ter aprendido comigo, se machucar, as vezes, é divertido. mas eu tô é dando graças a Deus que o inferno astral, tecnicamente, acabou ontem! :)
mega-beijos! sá.
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