Eu não tenho pena do fraco do casal, aquele que todo mundo sabe que é oprimido. Sempre há nele algo de misterioso, de aparentemente adormecido – e que, um dia, acorda.
Mesmo se ele passou a vida inteira ouvindo “cala a boca”. Mesmo se me acostumei a vê-la sorrir amarelo – e concordar – quando ele delicadamente corrigia suas opiniões, “o que ela quer dizer é que…”. Mesmo que tenha sido assim por meses. Por anos. Por décadas.
Um dia, o fraco do casal junta os carrinhos e vai embora. E aí o forte do casal reencarna sem entender o que aconteceu.
2 comentários:
Eu chamo de o pequeno do casal: http://recantodasletras.uol.com.br/cronicas/2280110
Minha crônica preferida. Ok, uma delas!
Adorei a foto. Posso roubar pra mim?
Postar um comentário