quarta-feira, setembro 29, 2010

Outrodidata

O contrário do autodidata sou eu. Adoro aprender com o outro – sou outrodidata.

É o resultado da sorte que eu dei: minha vida cruzou com a de muitos bons professores. Em casa, nas salas de aula, nas redações – na vida.

Não há nada que eu não aprenda melhor com um professor do que sozinha. Se o livro diz: faça hachuras diagonais, eu fico ali assimilando. Vem a professora e fala: faça hachuras diagonais, eu logo: aaaaaah, entendi!

Claro que evoluir é aprender a não precisar deles, mas não posso deixar de ver a beleza e a generosidade de que são feitos o processo.

Pessoas ligadas pelo mesmo entusiasmo – quem sabe mais mostra o caminho, quem sabe menos ensina outra coisa. Nem que seja a gostar mais ainda do que se faz.

Tudo desculpa, vocês sabem. Porque hoje é um outro aniversário que merece homenagem.

E para eu me divertir fazendo a lista que começa assim: obrigada, Helena e Amélia. Maria Helena, Célio, Ceguinho, Manoel, Afonso. E, putz, Guilherme. Obrigada, Clésio, Wanda, Vagner. Murilo, Chagas, Nélia. E, cara, muito obrigada, Vanda Célia. Rozionne, Nelson, Tacci. Olímpio, Kildare, Alê, Karla, Claudia. Minha primeira professora de francês na Mairie, que eu não lembro o nome. Maria Graciete, Jeanne. Isabelle, Catherine, outra Catherine, Albane. E obrigada à beça, Anne-Marie. Mas, principalmente, obrigada mãe e obrigada pai.

Por me darem régua e compasso - e tesoura e cola.

6 comentários:

Anônimo disse...

Eu não sei se você sabe, mas acompanho quase que diariamente seu blog!Quase que um vicio ler você!Adoroooooo
Agora imagina a emoção ler meu nomezinho aqui, no seu texto!!!
Acho que ensinar, aprender, conviver é uma troca, ao mesmo tempo que aprendemos ensinamos e assim sempre dentro dessa montanha russa cheia de emoções que a vida!
E sem dúvidas nenhuma uma das trocas que marcaram minha vida e história, foi ter tido a oportunidade de conhecer voçê, Alberto e os meus passarinhos que hoje são passãros espertos e lindos, mas que nunca esquecerei a sensação de tê-los segurados em meus braços,ter cantado para que dormissem, ter dado banhos deliciosos, e ter dado as primeiras papinhas!
Coisas que o tempo não apagam...
Beijos de carinho para ti, querida e para a família linda
Tacci

Cristina disse...

Que lindo!

BRASILEIRO/NÃO VIRALATAS disse...

nada mais provinciano e piegas do que brasileiro que vai morar ou passear no exterior (lá são submetidos a toda a série de humilhações..trabalham de faxineiro e babá.. coisa que aqui não se submetem pois pertencem a chamada "classe média") e desanca a falar mal do brasil ou a repetir o discurso "gringo"..logo os franceses..essa síndrome de cachorro vira latas um dia vai ter que passar. todas as vezes que fui ao exterior me insurgi contra qquer babaquice como essa de falar mal do brasil (independente de governos) como se eles fossem excepcionais..pelo contrário são muito piores em grande parte dos setores de sua sociedade

Anônimo disse...

Filha,

Seu último artigo na coluna do Noblat ("Sobre um país sério") seria cômico se não fosse trágico. Quase chorei... de pena de vc. Credito isto ao pouco tempo (2 anos) que vc está aquí. Passe como eu e tantos outros, mais de 10 anos, e a visão muda.
Procure opinões de franceses (informados) que vivem ou viveram no Brasil
Caricaturas políticas, como as que vc descreveu, existem em todos os lugares. E em países mais antigos, em maior número e piores (melhores?).
Com o passar do tempo, se vc se decidir a adquirir alguma cultura geral e histórica, com certeza mudará sua crítica. Será mais consistente, responsável e contributiva.
Um brasileiro na europa.

Carol Nogueira disse...

Pra quem nao esta entendendo nada, vale lembrar que ontem foi dia de coluna no Noblat. Talvez seja a proximidade das eleicoes, os animos estao mais acirrados que o de costume, e os criticos de plantao nao se contentaram em desaguar seus recalques por la, vieram deixar a marquinha aqui tambem. E so pra ficar bem claro ( pois a mim tambem causou confusao, ja que esse post e dedicado a minha mae) a detentora exclusiva do monopolio da critica ao Brasil que escreve aqui em cima nao e minha mae, nao. Esse "filha" e mesmo so aquele vocativo muito utilizado por interlocutores que desejam denotar superioridade. Beijos a todos!

Anônimo disse...

E sem falar que a leitura que você Carolina fez do especial do Le Monde é patética. O especial é puro senso comum, e reproduz aquela velha historia - "olha como os franceses nos reconhecem, olha como somos bem vistos, merecemos um especial do Le Monde...". Patético.