Oh, Liberty

Vamos começar a falar de Londres?

Da outra vez que eu fui para lá, com marido e babies, eu simplesmente não consegui entrar em nenhuma loja nem escarafunchar nenhum mercado. Eram muitos pontos turísticos para ver - além do ritmo naturalmente mais lento de quem viaja com crianças.

Dessa vez, cheguei decidida a ir à forra. London Bridge my ass. Eu quero é Oxford Street.

Tudo começou na loja Liberty, do tecido tipicamente inglês que custa uma fortuna proporcional à sua belezura. Eu amo estampa. Então como será que eu fiquei nessa loja? Doida.

Os dois primeiros andares são meio bobocas, aquela coisa de loja de departamentos chique. Mas lá no terceiro andar... Metros e metros de tecidos, roupas, pequenos acessórios, material de papelaria... Oh senhor, por que tudo é tão caro?

Fui direto para a Marks & Spencer, que alguém me disse ser um Monoprix muito melhorado - mas fiquei um pouco decepcionada. Tem roupas legais, mas bem clássicas - e o preço não é nada camarada. Comprei um conjuntinho de pijamas fofo pros meninos e só. Mas vale dar uma volta na seção de uniformes escolares. So british!

Vou poupar vocês dos meus excessos consumistas na Primark. Só lembro do pensamento contrito que cruzou minha mente em lembrança das costureirinhas bolivianas que devem perder seus dedos costurando aquelas toneladas de roupas descartáveis em troca de um salário de fome.  Daí comprei só umas duas ou três peças para não perder a viagem.

Depois de uma passada rápida pela Hamley's (foco, Carolina, foco, por uma vez na vida você não precisa passar a tarde toda numa loja de brinquedos, hop, direto para o caixa), fui encontrar a Vericota em Covent Garden.

Lá encontrei o charmosíssimo Covent Garden's Market - comidinhas, música ao vivo, gente por toda parte - e uma lojinha de doçuras muito fofa, a Hope & Greenwood.  No caminho do pub, havia uma Urban Outfiters que eu visitei só para o prazer dos olhos. Porque esse negócio de comprar, para quem tem dinheiro sobrando como eu, é algo muito estressante.