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quinta-feira, agosto 28, 2008
YMCA
Coube ao Beto montar os trilhos e ensinar os primeiros passos no controle remoto do trenzinho que chegou pelo correio direto para o aniversário de dois anos. Primeiro eles ficaram hipnotizados, depois mexeram em tudo e em pouco tempo não havia trilho sobre trilho. Aí foi a minha vez de humanizar um pouco a brincadeira, simulando diálogos entre o bombeiro do trenzinho vermelho e o maquinista do trenzinho amarelo. Convidei também o extraterrestrezinho de três olhos, questão de animar o papo e trabalhar a inclusão social, né?, sempre fica uma mensagem subliminar.
Primeiro fiz os três subirem as escadinhas da estação e descerem o elevador modernérrimo, o que João e Pedro adoraram e imitaram, fazendo vozezinhas diferentes super divertidas. Daí comecei a conversa.
- E aí, cara, vamos tomar um cafezinho?
- Vamos, claro.
- Vamos comprar umas revistas que estão vendendo ali no quiosque.
- Vejam, esqueceram um guarda-chuva.
Café, revista e guarda-chuva existem na estação do trenzinho, eu ia inventando o texto à medida que fazia os personagens andarem por aí. Mas de repente achei isso tudo meio boiola. Aqueles dois marombeiros em miniatura tomando café e comprando revista me fizeram pensar no village people. Fui obrigada a pedir pro Beto uma lição de como fazer conversa de bonequinhos versão meninos. Sem conteúdo sexista, óbvio. Sério, ainda tenho muito o que aprender.
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8 comentários:
Hahahaha.
Adorei! A dica básica é falar da trilogia masculina: futebol-cerveja-mulheres.
Lá vai uma dica de diálogo:
- Ô, bombêro. Olha aquela marciana ali, véi.
- Maluco, vou agora apagar o fogo dela.
- Quando vejo uma gostosa assim, minha locomotiva apita.
- Só.
Fácil, não?
Beijos!!!!
Hahahaha!
O meu foi mais ou menos assim... O bombeiro dizia ao maquinista:
- Aê, mermão, tu não ter força pra por a porra da carga no trem, seu viadinho?
- Ó o cara! Passa o dia segurando um mangueirão e quer pagar uma de valente pra cima de mim!
- Ok, então. Vamos sacanear o três-olhos?
Culpa da gente ter sido criada com um baaaaaaaaaaaaaaando de menina!
Eu tenho meu Ferrorama XP 1.600 até hoje guardado aqui em casa. Ninguém mexe nele!!! :)
Ah, Carol, eu também tenho um pensamento bem menininha, por razões óbvias... Mas acho que a sua história tem salvação.
Vamos lá, por partes: pra começar, substitua o cafezinho por uma pinga - acho, inclusive que deve ser bem comum; depois, quanto à revista, é só substituir por Playboy ou outras do gênero. Aí, viu? Nem ficou tão mal assim, ainda que não se enquadre num modelo de educação a ser seguido...
Beijos com muita vontade de estar aí no domingo!
Alécia
Eu também não entendo nada de conversa de menino. O Eduardo que tem me ensinado algumas coisas. Pelo menos vc começou bem porque o Edu chama todo mundo de "cara" nas brincadeiras. Certamente ele diria:
- Cara, vai apagando aquele incendio que eu (Homem Aranha) vou salvar as pessoas que estão dentro do trem.
ou
- Amigo, eu vou prender estes bandidos com a teia que sai da minha mão!
Os meninos são criados em Paris, estudam em um "atelier", convivem com um bando de parisiensisinhos, ganhham dois bonequinhos marombadinhos e mãe faz estimula diálogos do tipo "Vamos ver umas revistas".
Não sou homofóbico, tenho amigos gay, mas vamo combinar que não precisa estimular tanto...
Tio Renato
Posso brincar também?
Tia Eli
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