É que o Natal é a festa da família perfeita, como se isso existisse. A festa de celebrar quem amamos com um presente e palavras bonitas. Se quem amamos não está disponível - ou se não temos tanta certeza assim de que amamos, ou se falta a grana ou a disposição pro presente, se as palavras bonitas estão fora do alcance, se o quadro está meio torto por algum motivo - é muito comum a gente não querer mais brincar.
Eu podia muito bem ter arruinado meu Natal. Fiquei pensando nos que eu amo que estão bem longe e quase deixei a nostalgia sentar em cima do meu coração. Fui salva a tempo: no que diacho eu estava pensando que não vi que estava com o mundo em minhas mãos?
Foi uma ceia congelada, sim, com muito orgulho. Uma mesa para quatro e um brinde inesquecível. Níveis baixíssimos de consumismo, nenhuma correria. Zunzum de criança estreando brinquedo e o Natal mais tranquilo da minha existência.
É muito fácil ser simples, mas quase sempre a gente esquece.
6 comentários:
Fomos duas então Carol, e olhe que aqui estamos em três :) Luquinhas, por si só, já é a nossa grande festa! Feliz Natal! Depois dê uma olhadinha como foi o nosso dia: gabienrique.blogspot.com
Beijos! Gabi.
Muito bom texto, como de hábito. E com excelente desfecho.
Adoro seu blog, :)
Muito bom. Esse ano, por outros motivos, achei que ia ficar triste no Natal, mas não fiquei. A alegria das crianças contagia. Bjs e Feliz Ano Novo!
Laura (Sicrana)
Puxa, que texto legal...
deu até uma certa inveja...
por aqui foi tudo tão corrido...
e eu no meio da confusão tentando estar em paz comigo e com os que estavam em volta...
Essa vida é mesmo engraçada, né?
Às vezes estamos tão plenos com tão pouco... E tão vazios com tudo aparentemente perfeito!!!
T amo!
tenho tido natais cada vez menos animados e, quando a alegria não está tão evidente (seja nos rostos, nos presentes ou nos enfeites), a gente tende a se sentir meio triste. temos tido perdas enormes na família nos últimos três anos, e isso tem deixado todos cabisbaixos. chegamos até a esquecer o verdadeiro espírito de natal. mas, neste ano, meio que sem querer, foram todos parar no mesmo lugar de antes: a casa da minha mãe - hoje, um pequeno apartamento. acho que foi mesmo a vontade de ficarmos juntos, de nos sentirmos amparados um pelo outro. e, sem presente, sem amigo oculto e mesmo sem algumas pessoas que amo muito, esse foi um dos melhores natais da minha vida.
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