sábado, março 06, 2010

O mundo de lá

Felicidade sendo um estado de espírito e não um estado-nação, acho que não existe lugar certo para ser feliz. O segredo é estar aqui agora, não importando onde seja o aqui nem quando seja o agora - e essa é uma das lições mais importantes que aprendi quando deixei meu país. Vim para curtir aqui o que é daqui sem que isso atrapalhe, ao contrário, a devoção que sinto por tudo o que é de lá.

O único inconveniente é que em tempos de volta de viagem meu discurso fica meio volúvel.

Digo que realmente não sei viver sem sol e calor, nem sem um chá na volta de uma noite gelada, a expectativa da primavera e a melancolia do outono. Não admito programa melhor que um samba com meus amigos, nem que um passeio solitário numa rua feita de livrarias e lojinhas fofas. Acho que nada substitui numa cidade um ambiente cultural rico, o sentimento pulsante de uma rua salpicada de gente na saída do teatro, assim como não há nada melhor do que poder topar, em todo canto e a todo tempo, com um povo amigável, amável, trabalhador e delicado.

Em todo lugar há o que se admirar e aproveitar - gostar de onde se está é uma escolha, não um acaso. Coisa que gosto é poder partir sem ter planos. Melhor ainda é poder voltar quando quero.

PS: O cara mais sabido do mundo estreou um blog sobre Paris e suas pelejas - o link já está ali ao lado.

5 comentários:

machay disse...

Minha Linda.
Quando saí de casa para estudar em outra cidade, que acabei adotando como minha sofri muito por não viver o aqui e o agora. Até que uma freira, irmã Helena, disse-me: não queira viver o Rio em Petrópolis. Aproveite o aqui o hoje.
Passei esta lição para os meus filhos quando chegou a vez deles partirem de casa.
Já add aos meus favoritos o blog recomendado por ti.rsrsrs

Anônimo disse...

o problema é esse: a gente passa a amar o daqui ali e o lá aqui. a boa notícia é que a felicidade acompanha sempre (e a saudade aprende a ficar guardada no lugar certo!). Tchamo! Sá.

Anônimo disse...

Não sei pra quem doi mais: se pra quem vai ou pra quem fica...
Não tem jeito: a gente precisa mesmo viver o agora, o aqui, mas sem esquecer por onde passamos, onde vivemos, com quem convivemos, relembrando as coisas boas, sentindo saudades, sonhando com o reencontro, com a volta.
No dia da viagem falei pro Pepe e pro Juju que amava muito, muito os dois e que ia sentir muitas saudades e o Pepe me perguntou: como é sentir saudade? eu disse o que sentia: é sentir falta, querer estar junto, ver, abraçar, conversar, brincar, é sentir o coração apertado por isso tudo, e ter vontade de chorar... ele disse: não chora não... Ainda bem que eles ainda não sofrem, e vivem bem aí e aqui, embora ja sintam falta. Voce tem razão, é preciso viver e ser feliz onde se está, aproveitar o que a vida nos oferece, mas as vezes é sofrido lembrar e sentir saudade....

Yashá Gallazzi disse...

Vou confessar que adoraria seguir a Carol no Twitter... Cria um, vai... Por favor!!!

Felipe disse...

Alguém aí ja disse acima,, mas a vida é curta para a gente parar a vida e ficar presa a nossa casa, a nossa familia eternamente. A chance de viver o que voce esta vivendo ONDE voce esta vivendo é unica e voce tem que aproveita-la ao maximo.

No fim das contas, todo mundo sabe que cedo ou tarde voce volta. E o melhor é voltar sempre com 100% de convicção, com a sensação de missão cumprida. Enquanto ainda nao tiver esse sentimento, voltar para casa soa meio forçado e pode até ser frustrante.

Porque, nao se esqueça (ja passei por isso): quando voce vem de ferias, todo mundo quer te ver, todo mundo ta disponivel, a vida é uma eterna roda de samba e alegria e "matação" de saudade por alguns dias. Mas quando voce votlr de vez, um mes depois, a rotina será a mesma de antes. Trabalho, obrigação, etc.

beijocasss