quarta-feira, outubro 27, 2010

Pra que serve


Ao contrário do que pensa boa parte da humanidade, não é para ouvir no repeat Vento no Litoral, nem para criar assunto nas conversas de gtalk/msn, nem para facebookar/tuitar frases do tipo

*Tão triste hoje...*

que serve a angústia.

Ela serve para criar.

Enquanto a gente gasta todo o precioso tempo das piores fossas da nossa vida nos lamentando e chorando no ombro dos amigos, ou então


postando, ou

gastando dinheiro em análise, ou ainda

enquanto passamos meses, anos, parlamentando, discursando sobre os planos e projetos mais íntimos que a gente gostaria tanto, mas tanto mesmo, de ver realizados,

não seria muito mais simples

e muito mais útil

encarar o monstro

e fazer alguma coisa com ele?

(como, aliás, fazia o Renato) 

13 comentários:

Anônimo disse...

Dizem que que o vazio existencial serve para ser preenchido pela criatividade...E' verdade..

Ana Luiza Gomes disse...

Prima querida, vc viu Where The Wild Things Are? No momento de super angustia e tristeza do menino é aonde ele cria todo um universo para viver. É bem assim, né? Amei o post. Bjoka!

MM disse...

Oi
Você anda um pouco hermética e refexiva, né? Mas, fazer análise é uma forma de enfrentar os monstros, eu acho.

Leandro Wirz disse...

Concordo com MM, fazer análise é uma forma , se não de enfrentar, de pelo menos marcar um encontro com os monstros.
Os meus eu carinhosamente chamo de Demônios Lúdicos.
No mais, é isso, que a angústia seja produtiva, criativamente produtiva, e não clichezinho tuitado.

Amanda disse...

A Ana Luiza lembrou bem dos filme "onde vivem os monstros". Nossa, foi uma ansalise pra mim!

Quando eu era adolescente e ficava triste, eu escrevia poesias. E so achava minhas poesias boas quando eu as escrevia triste.

Raminagrobis disse...

Meu sonho é tirar o monstro pra dançar (mas eu não sei dançar).

MM disse...

Fazer análise é materializar o monstro. O que a gente faz depois que o vê, é de cada um. Não existe angústia improdutiva. Nunca ninguém viu alguém refletindo arás do trio elétrico. A euforia, sim, é improdutiva. Boas reflexões prá você.
Fernando

Renato disse...

Preguiiiiça de gente com fossa.

verônica alcovér disse...

Quem sabe, talvez, a analista consiga me ajudar a parar de sofrer e encarar a besta. Tem dicas?

Alguém tem dicas?

Como conserta esse buraco aqui, como faz?

Margareth Travassos disse...

Oi, Carol!

A angustia nao é o unico motor da criaçao, mas ajuda bastante, assim como a criaçao ajuda a lidar com a angustia. Mas, às vezes, é preciso ir além disso.

Va ver a exposiçao do Basquiat no MAM e vc vai ver como a sua questao é pertinente.

Bjos

A. disse...

Angustia serve para criar, e muito!

Adoro seu blog!

Bel Silveira disse...

Criar na angústia é minha única salvação, mas é bom curtir a alegria (não a euforia), ela constrói também! beijos

Anônimo disse...

Para angústia, não há remédio melhor que SEXO...