terça-feira, março 01, 2011

À côté de mes pompes

Je marche à côté de mes pompes e entro no sapato ao lado.

De cadarços, de homem – eu não quero saber de dores, não quero saber de dúvidas, não quero saber de sentimentos imbricados e complicados demais para ser explicados.

Não quero saber dos rancores dos outros, de raivas e desejos secretos, de falta de amor, de excesso de amor, não quero saber de amarguras nem de doçuras, nem dos meus problemas nem dos problemas de ninguém.

Não quero saber de chantagens nem de manipulações, nem de traumas criados ou sofridos, de fraturas, de cicatrizes futuras, de nada.

Não quero saber de nada.

Calço meus sapatos e saio daqui de dentro para ir lá fora falar alto, beber cerveja e discutir política. Está me escutando?

Vou andar e andar e andar sem saber de nada, sem certezas e sem dúvidas.

Sem pinto, certo, e com meus seios. Andar e andar e andar. Com meus sapatos de homem.


7 comentários:

Felipe disse...

Muito bom. Por isso eu tenho dois pares de tênis e três sapatos sociais. É tudo.

Ah, mentira: tenho uma havainas também.

O resto é desnecessário. :)

Beijocas

Aline disse...

Eu quero ser homem igual tu, Carol...

Tania Sciacco disse...

Nossa Carolina!! Foi fundo neste post heim?

Diana disse...

Carolina,

Sou daquelas que sempre te visitam e nunca te cumprimentam. Venho e nunca comento, apesar de rir mto contigo e me emocionar, me indignar, me ufanar, pensar, divagar e tb chorar e, e, e... Gosto da sua seleção de assuntos! Mas tenho mesmo uma curiosidade retada sobre o mestrado que fizeste. Pq vc nunca fala dele, do trabalho em si? Sei do histórico mas não sei bem a história! Tb gostaria de saber se divulga o teu e-mail. Não vou mentir, eu queria te encher com umas perguntinhas... rsrs
Parabéns pelo blog! Vc é mesmo mto boa no que faz!

Carol Nogueira disse...

Diana, meu email está ali no meu perfil! Me escreve, sim! Beijinhos a todos!

Luciana disse...

Também gostei muito deste texto, pela sinceridade dele! um beijo, Luciana.

Leandro Wirz disse...

Se é assim que quer, ande, ande e ande. E nem queira saber.