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terça-feira, julho 29, 2008
Infraero informa
Conheço poucos lugares na vida tão felizes quanto um saguão de desembarque de aeroporto. Pára e olha as pessoas: onde mais você encontra tamanha concentração de sorrisos sinceros, abraços apertados, beijos demorados e lágrimas de felicidade por metro quadrado? Aqui, então, imagina. Quase todo mundo tem alguém querido que mora longe - no meu caso, longe mesmo. A sensação de ver o alguém querido aparecendo meio atarantado pela porta do saguão de desembarque é tipo assim, renascimento.
Quando minha mãe tirou essa foto eu estava embaixo da escada rolante, separada deste senhor elegante de jeans e da excelentíssima fotógrafa por uma vitrine gigantesca. Com uma roupa escolhida com cinco dias de antecedência, eu esperava meus pais pela primeira vez na Europa. Um segundo depois da foto, meu pai me viu. E começou a acenar freneticamente. E eu pensei cadê a minha mãe pra repreender esse maluco, e um segundo mais tarde ela me viu. E começou a fazer exatamente o mesmo.
Eu, do outro lado, percebi enfim o que se passava. Eles chegaram. Dentro de dez, quinze minutos, eu estaria de novo no aconchego dos braços que me fizeram quem eu sou. E, claro, comecei a acenar freneticamente - e a chorar, e a suar frio, e a ter crises palpitativas, até enfim mergulhar naquele abraço saudoso.
Hoje tive essa sensação de novo. Um pouquinho diminuída pelo impacto da minha pequena irmã já chegar dependurada no celular, ocupadíssima, vendendo e comprando ações na bolsa de valores. Mas depois eu abracei aquele abraço que nada nesse mundo levará você de mim. E fiz do saguão de aeroporto um dos lugares mais felizes do mundo.
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11 comentários:
Te amo. E ponto final.
Ju
te odeio por me fazer chorar depois de você já ter dormido! e te amo mesmo assim, por você dividir seu sobrenome comigo, dividir os melhores pais do mundo comigo, e todos esses momentos com todo mundo que ama tanto te ler!
te amo muito! e só quero que você acorde logo um dia e decida voltar pro ninho!
dedé
(e a parte do celular foi tudo culpa da ju! eu naada tenho a ver com isso!)
Me fez lembrar daquele filminho bobinho-comedinha-romântica-água-com-açúcar "Love actually"...
Ele começa e termina num saguão de aeroporto!
beijos,
Denise
p.s.: obrigada, que bom que gostou do blog, mesmo desatualizadinho como ele está, coitado... Passamos esse mês numa p* correria com meu sogro no hospital, agora tá tudo bem e já já tem posts novos!
Ah, eu falei aquilo tudo do filme mas esqueci de dizer que eu ADORO!
O mico seria duplo, mas uma mudança de hábito me salvou de um deles. Resolvi ler o seu blog em casa, hoje, só pra aplacar a minha curiosidade (que em muitas ocasiões supera de longe o meu bom senso - não é o caso!). E chorei, de tão lindo o texto que você escreveu... Me salvei, então, do mico de ser flagrada aos prantos por um estagiário com dúvidas, em pleno horário de trabalho. Mas não me salvei do mico de não ser da família e chorar como se fosse... Mas o texto é lindo mesmo! Acho que por isso estou absolvida do mico que restou!
Beijo enorme pra vocês aí!
Alécia
Ah, eu tô aqui em prantos - antecipei tudo o que vou viver daqui a exatamente 3 (só 3!) semanas!!! Prima, pode escrever estes momentos mágicos da vida assim nao... agora como eu me seguro até lá?! :) Muitos beijos estalados em toda a família! Mari
ai que vontade de ser eu do outro lado da vitrine. ai que saudade. te amo, sá.
Somente agora descobri quem é o senhor elegante de jeans.
Emocionante......
Ei, Alécia! Eu também chorei quando escrevi, e quando penso nos meus pais e mais ainda agora que a minha princawinca foi embora. Mas não chora, não, aproveita que GO é bem pertinho de BSB. :o)
Sá, Ju e Dé, amo vocês! :o)
Mari, vou curar minha carência de mãe com a sua, posso??
Denise, sabe o clipe de once, do u2?, também é sobre isso, e também é no CDG.
Kia, a dinda disse por alto que você vai a Brasília! Ei, GASTA MUITO meus pais por mim. :o)
Beijões a todos com crises saudativas
Salve simpatia.
Não existe felicidade maior do que a gente ficar perto de quem a gente gosta muito.
To morrendo de saudades de vocês. Tive no Joao Pimenta e pude dividir essa saudade um pouco com ele. Cheiros enormes para os quatro.
Papoula, meu cumpadi amado, quando você aparece por aqui?
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