É que, com muita razão, as pessoas estão desesperadas por um jardim. Primeiro porque eles estão lindos. Segundo porque vira e mexe abrem uns dias igualmente lindos. E é engraçado de ver aquele bando de adulto barbado, homem feito, fingindo que não viu a placa, tentando driblar o bedel do parque. A cena se repete diariamente: eu a vi no jardim da Sacré-Coeur, no parquinho perto de casa e, a melhor de todas, no Parc Monceau. Era hora do almoço, aqueles chiques todos dos escritórios vizinhos com seus jornaizinhos e esteiras dobráveis querendo aproveitar um pedacinho de sol, se espalhando pelo gramado, sabendo que estavam fazendo um errado. Dá vinte minutos e vem o bedel do jardim, apitando e mandando todo mundo pra fora. E todo mundo sai. E ele dá as costas e todo mundo volta. E assim sucessivamente. Me lembra o filme do Nixon em cartaz num cinema perto de você, é o tipo do delito que você faz sabendo que está errado, mas que faz assim mesmo. O filme é cheio de frases ótimas, e essa não tem nada a ver com o assunto, mas é ótima também: o moço diz à moça que ela tinha que conhecer Praga, uma cidade linda, que parece Paris... com a vantagem de não ter os franceses! Acho que o cinema todo fez um grandessíssimo oooooooohhh nessa hora – mas não tenho certeza, porque eu mesma estava era rindo muito.
Há 5 anos
2 comentários:
Um jardim em Paris fica mais legal na companhia de dois garotinhos espertos...
kkkkk. Muitíssimoengraçado mesmo. Os parisienses são terríveis, mas não sei se Paris seria Paris sem eles...
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