sexta-feira, abril 16, 2010

Ser estrangeiro

Ensinar português me faz pensar no emprego dos verbos ser e estar, nada óbvios para quem cresceu usando to be ou être para as duas coisas indiscriminadamente. Digo isso especificamente sobre ser estrangeiro. Por que dizemos que somos, e nunca que estamos estrangeiros?

Tenho um palpite: porque isso tem menos a ver com morar fora do que com sua visão do mundo. É sobre isso (e outras coisas) que eu falo na Carta de Paris desta semana.

5 comentários:

Anônimo disse...

O ser e o estar fazem uma grande diferença separados. Todo mundo gostaria de dizer, por exemplo, que é feliz...provavelmente apenas está feliz. Mas o que é a felicidade na ausência da tristeza ?

Agatha Lima disse...

http://comerestudaramar.blogspot.com/

Anônimo disse...

Quando olhei a fotografia, vi uma máscara, com os globos do poste servindo de olhos e um ponto claro de boca.
Por um segundo, a cena era uma, mas estava outra.

Carol Nogueira disse...

Anônimo 2, o ponto branco é um saco plástico pendurado na árvore. Trata-se de um fenômeno urbanístico muito comum por aqui, para o qual ainda não tenho a mais remota explicação! Beijo!

Bel Silveira disse...

Gostei muito da idéia de ser estrangeiro independente de onde se está. Me identifiquei! Acho que vivo com esse olhar estrangeiro. Vai ver que é por isso que me tornei psicanalista. Ou que estou psicanalista! parabéns pelo blog, adoro.